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quinta-feira, 16 de julho de 2015

Em pesquisa na UEPB, paraibana indica farinha de maracujá para tratamento da diabetes

Consumo diário de farinha de maracujá reduz a quantidade de açúcar no sangue, contribuindo para tratar à diabetes mellitus

Saúde | Em 16/07/15 às 07h00, atualizado em 16/07/15 às 07h06 | Por Redação
Montagem: Portal Correio*
Pesquisadora da UEPB indica farinha de maracujá contra diabetes
Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) pode trazer uma esperança para os pacientes que convivem com a diabetes mellitus, uma das principais epidemias do século que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é a quarta causa de morte no mundo. De acordo com a International Diabetes Federation, mais de 124 mil pessoas morrem vítima da doença por ano no Brasil.

Estudos da professora Maria do Socorro Ramos de Queiroz apontam que o consumo diário de farinha de maracujá reduz a quantidade de açúcar no sangue, contribuindo para tratar à diabetes tipo II.
Os pacientes dessa enfermidade deixam de produzir insulina e acabam não absorvendo o açúcar do sangue, que se acumula e prejudica o funcionamento do organismo. A doença pode levar a dificuldades de cicatrização, problemas na visão e outros danos que comprometem seriamente a sua qualidade de vida.
No estudo realizado pela professora Maria do Socorro, e coordenado pela professora Silvana Santos, do Departamento de Biologia da UEPB, verificou-se que a farinha da casca de maracujá é rica em vários tipos de fibras e tem propriedades medicinais, como a habilidade de diminuir os níveis de colesterol e glicemia e propiciar o bom funcionamento do sistema gastrointestinal.
Participaram da pesquisa 43 pacientes diabéticos que usaram a farinha da casca de maracujá diariamente, o que acarretou na redução em seus níveis de glicemia. Além dos bons resultados do estudo, que foi publicado no periódico científico “Nutrition Journal”, foram patenteados pelo Núcleo de Propriedade Intelectual (NPI) em favor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) dois produtos utilizados no processo.
Os resultados da pesquisa serão apresentados na próxima sexta-feira (17), às 9h, no Auditório do Centro de Biotecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa.
A doença
Diabetes mellitus é uma condição na qual o pâncreas deixa de produzir insulina ou as células param de responder à insulina que é produzida, fazendo com que a glicose sanguínea não seja absorvida pelas células do organismo e causando o aumento dos seus níveis na corrente sanguínea.
Existem dois tipos de diabetes mellitus. O tipo 1 é predominante na infância e na adolescência. A idade em que ela se inicia geralmente é de 10 aos 14 anos (pico de incidência). Ela resulta da destruição das células beta do pâncreas – células produtoras de insulina. Esta destruição é mediada por respostas autoimunes celulares. Ou seja, o próprio organismo destrói suas células, levando ao aumento da glicose no sangue por déficit absoluto de produção de insulina.
Já o tipo 2 é considerado uma das grandes epidemias do século 21 e afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes, sendo o tipo mais comum. Ocorre quando o nível de glicose no sangue fica muito alto. O diabetes tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina pelo pâncreas  ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina  que é produzida. Os sintomas incluem aumento da frequência urinária, letargia, sede excessiva e aumento do apetite – muitas vezes não acompanhado de ganho de peso.
*Créditos das fotos: Maracujá (divulgação); UEPB (Divulgação); teste de glicemia: Marcos Santos/USP Imagens (Fotos Públicas).

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