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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Operação apura fraudes em licitações e na execução de obras de construção do Sesi na PB

Por G1 PB
 

Sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), em Campina Grande — Foto: Artur Lira/G1
Sede da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), em Campina Grande — Foto: Artur Lira/G1
Uma operação conjunta cumpre 28 mandados de busca e apreensão em João Pessoa, Campina Grande e Queimadas, com o objetivo de apurar crimes de fraude à licitação, superfaturamento em obras, peculato e de lavagem de dinheiro no Departamento Regional do Sesi na Paraíba. A Operação Cifrão é da Controladoria -Geral da Uniã (CGU), Polícia Federal, Ministério Público Federal e Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
A investigação teve início a partir de fatos constatados pela CGU, sobre a realização de auditoria no Departamento Regional do Serviço Social da Indústria na Paraíba (Sesi-PB), na qual se constatou superfaturamento de mais de R$ 2 milhões em três obras de construção e reforma de Centros de Atividades do Sesi, além da existência de vínculos entre os sócios das empresas contratadas e colaboradores e dirigentes do Sistema Indústria da Paraíba (Fiep, Sesi, Senai e o Instituto Euvaldo Lodi).
Com o aprofundamento das investigações pelos órgãos parceiros, constatou-se movimentações financeiras entre as contas bancárias das empresas contratadas e de pessoas relacionadas, direta ou indiretamente, ao Sistema Indústria da Paraíba, por meio de uma ginástica financeira, na tentativa de ocultar as aludidas transferências de recursos.
Segundo a CGU, o desvio de recursos destinados ao Sesi acarreta prejuízo para toda a comunidade atendida Sistema, uma vez que a Instituição atende indústrias e trabalhadores em gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) e na promoção da saúde e educação dos trabalhadores, seus dependentes e comunidade, sendo tais atividades custeadas com contribuições das indústrias em percentuais incidentes sobre as folhas de pagamento de seus funcionários.
A operação conta com a participação de nove auditores da CGU e 96 policiais federais. As equipes utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPI), para que não haja comprometimento das medidas de prevenção à disseminação do novo coronavírus.

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