O grupo é investigado por crimes sob encomenda, dentre eles o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco
30/06/2020
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) iniciaram uma operação no início da manhã desta terça-feira (30), com o objetivo de cumprir quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão contra o chamado ‘Escritório do Crime’. O grupo é investigado por crimes sob encomenda, dentre eles o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL). Integram a milícia policiais, ex-policiais e milicianos.
Os alvos:
• Anderson de Souza Oliveira, o Mugão;
• Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão, irmão de Mad;
• Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba, preso;
• João Luiz da Silva, o Gago.
• Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão, irmão de Mad;
• Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba, preso;
• João Luiz da Silva, o Gago.
O juiz Bruno Rulière, da 1ª Vara Criminal Especializada, expediu quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão.
Sobre o ‘Escritório do Crime’
Apontado como chefe do grupo, Adriano da Nóbrega, que tinha ligação íntima com Jair e Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz foi morto na Bahia durante operação. Ele transferiu mais de R$ 400 mil para as contas bancárias de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, reforçando a tese de delação.
A mãe e a ex-mulher de Adriano trabalharam no gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio.
Após iniciativa do filho de Jair Bolsonaro, Nóbrega foi homenageado com a maior condecoração concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes. O policial foi morto durante operação policial na Bahia, em fevereiro deste ano.
Uma das principais suspeitas sobre os assassinatos cometidos pelo Escritório do Crime é o de Marielle Franco, morta pelo crime organizado. Os atiradores efetuaram os disparos em um lugar sem câmeras e antes haviam perseguido o carro dele por cerca de três quilômetros. Ela denunciava a violência policial nas favelas, bem como a atuação de milícias.
O curioso é que, de acordo com registros da Alerj, Flávio Bolsonaro Jair Bolsonaro foi o único a votar contra a proposta do deputado estadual Marcelo Freixo (PSol), atual deputado federal, para conceder a medalha Tiradentes em homenagem à vereadora quando o pessolista ocupava um cargo no Legislativo do estado do Rio.
Preso no último dia 18 em Atibaia (SP), Queiroz também tinha ligação íntima com Nóbrega, do Escritório do Crime. O juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), avaliou que o ex-assessor e sua mulher, Márcia Oliveira de Aguiar, poderiam atrapalhar as investigações, ameaçando testemunhas e investigados, se continuassem soltos. O magistrado citou mensagens dela que chegou a comparar o marido com um bandido “que tá preso dando ordens aqui fora, resolvendo tudo”.
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