PIEMONTE FM

terça-feira, 21 de julho de 2015

MPPB desfaz 'esquema de corrupção' e obriga prefeita ficar a 100 m de prédios públicos

Operação deflagrada pelo Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão em prédios públicos, escritórios, sedes de empresas e casas em Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e João Pessoa

Polícia | Em 21/07/15 às 07h53, atualizado em 21/07/15 às 10h00 | Por Amanda Gabriel
Reprodução/Google Street View
Ministério Público da Paraíba (MPPB)
O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba cumpre, desde as primeiras horas desta terça-feira (21), mandados de busca e apreensão nos prédios da prefeitura e da Secretaria da Administração do município de Monte Horebe (Sertão do estado, a 554 km de João Pessoa).

De acordo com o tenente coronel Uchoa, a intenção é encontrar documentos que se somem às provas de relações ilícitas entre o ex-prefeito, Erivan Dias Guarita, e atual gestora da cidade, Cláudia Aparecida Dias. Investigações feitas pelo Ministério Público apontaram que os dois estariam envolvidos em um esquema de desvio de dinheiro público. Também são investigadas pessoas ligadas a processos de licitação de ações realizadas pela prefeitura.
Segundo o Ministério Público, as investigações tiveram início há mais de três anos e são desdobramentos da 'Operação Transparência', que investigou esquemas de corrupção e fraudes em dezenas de municípios paraibanos. Em Monte Horebe, as fraudes teriam acontecido entre 2010 e 2012 e dizem respeito a contratação de funcionários fantasmas e desvios de verbas que deveriam ter sido usadas na compra de alimentação e obras de construção civil. 
Além dos prédios da prefeitura e da Secretaria da Administração de Monte Horebe, são vistoriadas propriedades dos investigados, como também escritórios e sedes de empresas que teriam ligação com o esquema de corrupção. As ações acontecem em Monte Horebe, Bonito de Santa Fé e João Pessoa.
Ainda conforme decisão judicial, o ex-prefeito e atual gestora de Monte Horebe estão proibidos de se aproximar dos prédios públicos. Uma liminar fixa distância mínima de 100 metros entre os locais e os investigados na operação. A medida também é válida para o secretário da Administração, Erivaldo Jacó de Sousa.
A operação, que recebeu o nome de 'Monte Sinai', tem apoio de guarnições do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Controladoria Geral da União. Até o fechamento dessa matéria, as atividades de cumprimento dos mandados de busca e apreensão ainda ocorriam e o Gaeco não pôde apresentar o balanço da ação.
Os resultados da operação devem ser divulgados ainda nesta terça-feira, em coletiva na sede da Procuradoria Geral da Justiça, em João Pessoa. 

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