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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Flu é ironizado no desembarque, e Abel reage com gesto obsceno

Por Rafael CavalieriRio de Janeiro
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O desembarque da delegação do Fluminense, no início da manhã desta quinta-feira, não foi dos mais tranquilos. Após a derrota por 2 a 1 para o Olimpia, na quarta, em Assunção, que acabou custando a eliminação na Taça Libertadores, jogadores e o treinador Abel Braga foram hostilizados e ironizados por cerca de dez torcedores de clubes cariocas rivais (sendo três vestidos com a camisa do Flamengo) que estavam no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Abel reagiu fazendo um gesto obsceno para os baderneiros.
Torcedores do Fla provocam delegação do Flu (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)Torcedores do Fla provocam delegação do Flu (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
Aparentemente alcoolizados (alguns até portavam latas de cerveja), os homens cantavam paródias e provocavam os tricolores.  Fred foi o primeiro. Xingado e vaiado, o camisa 9 ignorou e apertou o passo. Já Abel não conseguiu se conter. Os gritos de "eliminado" já renderam inicialmente um sorriso irônico. As provocações continuaram. Na porta do táxi que o esperava, Abel xingou o grupo de babaca após o mandarem para casa. Mas o comandante tricolor explodiu de vez quando o chamaram de rubro-negro. Com o semblante fechado, Abel fez gestos obscenos e levou as mãos à genitália.
Diego Cavalieri, desembarque do Flu (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)Meia Wagner é abordado no aeroporto
(Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)
O ato apenas inflamou ainda mais o grupo, que estava esperando um amigo jogador de futsal desembarcar no Rio de Janeiro desde as 3h e coincidentemente cruzou o caminho dos tricolores. À medida que os jogadores iam saindo, os gritos e provocações aumentavam. Um dos mais visados após Fred foi Diego Cavalieri. Recepcionado com gritos de “ão, ão, ão, tem frangueiro na Seleção”, o goleiro do Flu passou pelo grupo sem reagir às provocações. O camisa 12  passou sem dar entrevistas.
Preocupados com uma possível represália por parte de algum jogador ou até mesmo de um torcedor mais irritado, a Polícia Militar foi chamada ao local. Quatro homens armados com fuzis ficaram apenas cercando o grupo, que só assim diminuiu o tom das provocações e xingamentos. Assim que o último membro da delegação saiu, os ânimos se acalmaram. A gritaria só voltou quando o amigo finalmente desembarcou.
Antes disso, Wagner, também muito hostilizado, comentou em poucas palavras a eliminação tricolor. O apoiador lamentou o resultado, mas garantiu que o grupo está de cabeça em pé.
- Foi duro. Mas não podemos baixar a cabeça. Temos o Brasileiro pela frente e vamos brigar pelo título - afirmou.
Mais cedo, muros da sede das Laranjeiras apareceram pichados. Durante a madrugada, torcedores do Fluminense demonstraram sua insatisfação com a eliminação escrevendo dizeres como "Fora Abel" e "Time Sem Vergonha".
Necessitando de apenas uma igualdade com gols (houve empate por 0 a 0 na partida de ida, em São Januário) para passar às semifinais, a equipe carioca deixa novamente de forma precoce a competição e adia o sonho de conquistar, pela primeira vez em sua história, o cobiçado troféu continental.

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