PIEMONTE FM

sábado, 15 de dezembro de 2012

Atirador mata 20 crianças e seis adultos em escola primária nos EUA


Um atirador abriu fogo e matou 20 crianças e seis adultos em uma escola de Newtown, no Estado de Connecticut, nos Estados Unidos, na manhã desta sexta-feira. Segundo a imprensa americana, ele matou a própria mãe na casa da família e cometeu suicídio após a chacina.
A polícia ainda não informou o nome do suspeito, mas emissoras e jornais americanos o identificam como Adam Lanza, 20. Horas antes, agentes consultados pela imprensa americana o haviam confundido com seu irmão, Ryan, que foi interrogado pelos agentes.
Outra informação que não se confirmou foi a de que um corpo que estaria na casa de Adam em Hobuken, no Estado de Nova Jersey, onde estuda. Vizinhos do suposto atirador disseram à emissora de televisão ABC que ele tinha comportamento estranho e parecia sofrer problemas mentais.

Atirador invade escola nos EUA

 Ver em tamanho maior »
Lucas Jackson - 14.dez.12/Reuters
AnteriorPróxima
Garoto chora ao deixar a escola Sandy Hook, em Newton, nos EUA; ao menos 27 morrem após atirador disparar contra alunos e funcionários
A imprensa americana também informou que a mãe dos dois irmãos, Nancy Lanza, foi morta com um tiro na cabeça na casa da família e não na escola onde trabalhava como auxiliar de professora. Depois do primeiro homicídio, o suspeito se dirigiu à escola Sandy Hook.
Fontes da polícia ouvidas pela imprensa americana informam que ele chegou à escola por volta das 9h30 locais (12h30 em Brasília). Com duas pistolas, entrou em duas salas de aula e abriu fogo contra alunos e professores de forma indiscriminada.
Na ação, 20 crianças morreram e seis funcionários ficaram feridos. Dentre os adultos mortos, estão a diretora, Dawn Hochsprung, e uma psicóloga. Outra pessoa, que não foi identificada como adulto ou criança, se feriu. Após disparar contra os funcionários, o atirador se matou.
PÂNICO
Após o incidente, as crianças que não ficaram feridas foram retiradas do prédio pela polícia, que chegou ao local logo após a morte do suspeito. Um aluno de nove anos disse à emissora americana NBC que estava na aula de educação física quando aconteceu o tiroteio.
"Eu escutei sete explosões fortes e o professor nos disse que tínhamos que correr e nos amontoamos. Todos nós começamos a chorar. Foi quando os professores disseram para a gente ir à secretaria onde ninguém poderia nos encontrar. Depois, a polícia disse para a gente sair."
O irmão de uma menina que estava na escola disse que a polícia pediu aos alunos que fechassem os olhos e segurassem as mãos uns dos outros para sair da escola após o tiroteio.
"Ela chorava e as coisas que ela me disse são absurdas. Minha irmã comentou sobre tiros, gritos, é horrível. É repugnante. Não imaginava que esse tipo de coisa pudesse acontecer aqui".
COMOÇÃO
O presidente Barack Obama soube do incidente por volta das 10h30 (13h30 em Brasília). Duas horas depois, fez um pronunciamento em que decretou luto de quatro dias e chorou ao comentar sobre o incidente. Ele defendeu um controle maior nas armas para evitar que situações como essa aconteçam.
"Como país, temos passado por isso muitas vezes. Precisamos tomar ações significativas para evitar que isso volte a acontecer, sem nos importar com as questões políticas".
O governador de Connecticut, Daniel Melloy, também lamentou a ação. "Eu me perguntei se é possível para nós evitar uma tragédia de proporções inenarráveis. Nós nunca estaremos preparados para o que aconteceu naquela escola".
O ataque foi o segundo maior contra uma escola na história dos Estados Unidos. O maior deles aconteceu em 2007, na Virginia Tech University. O estudante sul-coreano Seung-Hui Cho matou 32 pessoas e fere 15.

Nenhum comentário:

Postar um comentário