PIEMONTE FM

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Mãe e padrasto beberam sangue de menino morto em ritual de magia negra, conclui Polícia Civil

Quatro vão responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, sem que a vítima tenha recurso para defesa; a pena varia entre 12 e 30 anos

Polícia | Em 12/11/15 às 09h02, atualizado em 12/11/15 às 09h48 | Por Hyldo Pereira
Montagem Portal Correio
Presos e indiciados pela morte do garoto
A Polícia Civil encerrou, nessa quarta-feira (11), o inquérito criminal que investigava a do garoto Ewerton Siqueira, 5 anos, que teria sido assassinado em um ritual de magia negra. O menino estava desaparecido desde o dia 11 de outubro, mas o corpo dele foi achado aberto dois dias depois, dia 13, em um matagal na cidade de Sumé, no Cariri do estado a 246 km de João Pessoa. O documento foi enviado à justiça que deverá julgar o caso. Quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Durante a execução do crime, a mãe e o padrasto teriam bebido o sangue da vítima. 

O delegado seccional do Cariri, João Joaldo, disse aoPortal Correio que a mãe Laudenice dos Santos Siqueira, 22, o padrasto Joaquim dos Santos, 31, o ex-presidiário Denivaldo dos Santos, 37, e o suposto pai de santo, Wellington Soares Nogueira, 41 anos, vão responder criminalmente por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, sem que a vítima tenha recurso para defesa. A pena varia entre 12 e 30 anos.
"No depoimento dados a nossa equipe, o ex-presidiário revelou em depoimento que o padrasto e a mãe do garoto beberam o sangue do menino durante o ritual de magia negra. Outro ponto relatado foi que a mãe da criança teria uma entidade espiritual que pedia o sacrifício de crianças com a extração do sangue para ter proteção e poder”, falou o delegado. 
Ainda de acordo com o delegado, os quatro também vão responder pelos crimes de ocultação de cadáver (pena de 1 a 3 anos), denunciação caluniosa (pena de 2 a 8 anos), vilipendio a cadáver (quando há extração de órgão do corpo humano com pena de 1 a 3 anos) e associação criminosa ( pena de 1 a 3 anos).
O padrasto da criança, Joaquim Nunes dos Santos, também vai responder pelo crime de falsidade ideológica (pena de 3 meses a 1 ano). "Quando foi preso ele se apresentou como sendo Daniel Ferreira para despistar a polícia, tendo em vista que o padrasto era foragido da justiça. Joaquim também vai responder pelo homicídio do deficiente mental que foi preso suspeito do crime e estava na mesma cela", revelou João Joaldo.
Os homens estão recolhidos no Presídio PB1 e a mulher na Penitenciária Feminina Julia Maranhão, ambas unidades prisionais ficam em João Pessoa.
Crime
O garoto estava desaparecido desde o último domingo (11) e na manhã desta terça-feira (13), foi encontrado pelo padrasto, em um matagal próximo à cidade de Sumé. De acordo com a versão do padrasto, ele saiu logo cedo para procurar o garoto e, ao perguntar a uma pessoa conhecida, foi informado que uma criança teria sido encontrada no matagal. Ao chegar ao local, se deparou com o enteado morto em uma vala e com o corpo totalmente aberto. Dias depois, a polícia concluiu que o crime foi praticado por ele em companhia de mais três comparsas, entre eles, a mãe. O menino foi morto em um ritual de magia negra.
De início, a mãe da criança negou o menino, mas depois da prisão do pai do último envolvido no crime, ela confessou a participação e contou detalhes em um novo depoimento. A mulher disse que o menino sofreu golpes de faca no pescoço para que sangrasse e teve o fígado partido. Segundo a polícia, o ritual pode ter ocorrido por encomenda e teria custado cerca de R$ 10 mil. Antes de sofrer o golpe no pescoço, o menino teria pedido para não morrer.

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