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segunda-feira, 16 de março de 2015

Protestos contra Dilma mobilizam cerca de 7 mil pessoas em JP, CG e Patos; veja fotos

Manifestantes criticaram os escândalos de corrupção, não concordam com o governo federal e pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff; reuniões pacíficas ocorreram em todo o Brasil e no exterior, pelas mesmas causas

Cidades | Em 15/03/15 às 15h23, atualizado em 15/03/15 às 22h16 | Por Amanda Gabriel e Alisson Correia, com informações de Rafaela Gomes (TV Correio CG)
Alisson Correia
Em João Pessoa, grupo começa a se mobilizar na Avenida Epitácio Pessoa
Cerca de 7 mil pessoas foram às ruas de João Pessoa, Campina Grande e Patos, na tarde deste domingo (15) para protestar contra o governo federal e a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As manifestações com esses mesmos objetivos foram simultâneas em várias capitais e cidades brasileiras e no exterior.
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Em João Pessoa, cerca de 5 mil pessoas se reuniram no Busto de Tamandaré, em Tambaú, debaixo de um sol forte e com os termômetros marcando em torno de 30ºC. 
Os protestos marcados para as 15h começaram com uma passeata pequena, pouco antes do supermercado Pão de Açúcar, na avenida Epitácio Pessoa, e continuaram no fim da via, onde outros grupos se reuniram.
Eles cantaram o Hino Nacional, rezaram e criticaram as políticas da segunda gestão da presidente Dilma Rousseff, reeleita em 2014. A favor do impeachment, com várias faixas, mensagens, pinturas e com a ajuda de dois trios elétricos, os manifestantes entoaram cantos e paródias com mensagens de “fora Dilma”.
A manifestação em João Pessoa ocorreu de forma pacífica, sem nenhum registro de crime ou violência. A Polícia Militar prestou a segurança em toda a área da manifestação, não só com equipes nas ruas, mas também com o auxílio do helicóptero da Segurança do Estado. Já a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) deslocou agentes para manter o trânsito organizado e readaptar rotas de ônibus.
O protesto contra Dilma começou por volta das 15h, na Epitácio, e seguiu até as 18h, quando as pessoas já começavam a deixar a praia. A organização estimou um público de 6 mil pessoas, mas a PM calculou que estiveram presentes cerca de 3 mil.
Campina Grande e interior
Cerca de mil pessoas ocuparam a Praça da Bandeira, no Centro de Campina Grande, no início da tarde deste domingo (15) para protestar contra a forma de governo de Dilma Rousseff e pedir o impeachment da presidente. Os manifestantes criticaram os escândalos de corrupção e o atual momento da economia brasileira. Dentre as principais queixas, estavam os aumentos dos preços de combustíveis e da tarifa de energia elétrica.
Equipes da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP) estiveram no local para dar suporte à segurança do protesto. A PM também garantiu a segurança da manifestação na cidade.
O protesto em Campina Grande foi totalmente pacífico, com apenas um menor apreendido por portar substância semelhante à maconha.
Os manifestantes saíram da Praça da Bandeira em passeata, passando pela rua Irineu Joffilly, com destino ao Açude Velho, onde o manifesto foi encerrado. Por volta das 18h, os manifestantes começaram a se dispersar. 
Em Patos, a 320 km de João Pessoa, no Sertão do estado, a Polícia Militar informou que cerca de 200 pessoas se reuniram nas ruas em manifestação contra o governo Dilma.
Brasil e mundo 
Os protestos contra o governo federal ocorreram em todos os estados do Brasil e no Distrito Federal. Além disso, foram registradas mobilizações de comunidades brasileiras no exterior, como em Nova York e Miami, nos Estados Unidos; Lisboa, em Portugal; Sidney, na Austrália; Buenos Aires, na Argentina; e Londres, na Inglaterra.
O caso de maior destaque aconteceu em São Paulo (SP), onde cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram na Avenida Paulista, segundo estimativas da Polícia Militar. 
Resposta do governo federal
De acordo com a Agência Brasil, o governo federal anunciou já neste domingo (15), que vai enviar, nos próximos dias, ao Congresso Nacional, um pacote de medidas de combate à corrupção e à impunidade, além de reforçar a necessidade de acabar com o financiamento privado de campanha.
O ministro da justiça, José Eduardo Cardozo disse que o pacote de medidas vem sendo formulado desde o início deste segundo mandato e demandou a abordagem de questões técnicas e jurídicas, por isso ele não tinha sido lançado até hoje, apesar de ter sido promessa de campanha de Dilma. 
“Os textos legislativos, os textos normativos e questões que circundam essa posição tinham que ser discutidos pelo novo governo, pelos novos ministros. Se você observar, nós estamos em março. A presidenta anunciou em seu discurso de posse que essas medidas seriam lançadas em até seis meses. Nós vamos enviá-las muito antes disso”, disse o ministro, segundo a Agência Brasil. 

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