Perícia confirma que a arma apreendida foi usada para matar casal.
Justiça adiou audiência de acusado de planejar crime em Campina Grande.
O Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba confirmou, nesta quarta-feira (25), que a arma apreendida com um dos réus é a mesma utilizada para matar o empresário Washington Luiz, de 51 anos, e sua mulher, Lúcia Santana, de 42 anos, na noite do casamento do suposto mandante do crime Nelsivan Marques, em Campina Grande, em março de 2014. A arma usada no dia do crime foi encontrada nas buscas policiais com o pistoleiro, acusado de atirar contra as vítimas.
Foi adiada para o dia 16 de março, de acordo com o Ministério Público da Paraíba, a audiência de instrução do acusado de ser planejar o assassinato do casal. Além de Nelsivan, outros cinco suspeitos de participar do crime e testemunhas importantes no caso devem ser ouvidos, inclusive um segurança que estava na frente da casa de festas e foi baleado no ombro.
Nelsivan era sócio das vítimas e foi preso em uma operação realizada pela Polícia Civil menos de um mês depois do crime. Para a polícia, uma dívida de R$ 81 mil relativa à compra de um carro foi o motivo do duplo homicídio. Na denúncia feita pelo Ministério Público, o sócio é apontado como mandante do crime e um suspeito de agiotagem seria o intemediário que contratou o pistoleiro para matar as vítimas.
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De acordo com a delegada Tatiana Matos, o crime foi elucidado a partir da quebra do sigilo telefônico dos envolvidos, que revelou conversas telefônicas e troca de mensagens combinando detalhes do crime. Segundo o promotor Osvaldo Lopes, houve premeditação do mandante, que era sócio das vítimas e seria o beneficiário em caso de morte dos outros dois proprietários de uma faculdade com matriz em Campina Grande. Antes disso, uma tentativa frustrada de matar o casal também foi ordenada por ele, com intermédio do agiota, segundo o Ministério Público.
Os dois suspeitos de ordenar os assassinatos foram denunciados pela tentativa de homicídio contra o casal, no dia 1º de março, além do duplo homicídio qualificado das vítimas e a tentativa de homicídio que deixou ferido um vigilante da rua, no dia 29 de março. Uma tentativa de homicídio que constava no indiciamento da Polícia Civil e teria acontecido no dia 22 de março, não foi incluída na denúncia, "porque não chegou a se aferir o ânimo de matar, pois os assassinos fugiram quando soou o alarme da casa das vítimas", afirmou Osvaldo Lopes.
O pistoleiro que tinha sido contratado para matar o casal no dia 1º de março foi denunciado pela tentativa de homicídio e pelo roubo do celular do motorista de Washington. O suspeito de executar os assassinatos, junto com o casal que auxiliou sua fuga no dia 29 de março, foram denunciados por duplo homicídio qualificado e a tentativa de homicídio contra o vigilante.
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