PIEMONTE FM

domingo, 4 de janeiro de 2015

Importante na formação geológica, Cariri Oriental pode se tornar 2º geoparque do país

Na terceira reportagem da série “Paraíba 4X4 Cantos” o Cariri Oriental é explorado em sua diversidade geológica, arqueológica, cultural e mística

Economia | Em 04/01/15 às 08h24, atualizado em 04/01/15 às 08h38 | Por Jornal Correio da Paraíba
Jornal Correio da Paraíba/Daniel Ulisses
Lajedo do Pai Mateus tem diversos acontecimentos intrigantes
Na terceira reportagem da série “Paraíba 4X4 Cantos” o Cariri Oriental é explorado em sua diversidade geológica, arqueológica, cultural e mística. Terra do curandeiro Pai Mateus e dos Velhos Caryrys, os lajedos revelam como viveram os paleoíndios. A região representa um aspecto tão complexo da formação geológica que está cogitada a tornar-se o segundo geoparque do Brasil. A reportagem aponta o potencial da Paraíba para o turismo pedagógico e foi realizada em parceria com a J. Carneiro, Zarinha Centro de Cultura, Energisa e Cariri Expedition.

Turismo pedagógico em alta

No alto do Lajedo do Bravo, em Boa Vista, próximo de Campina Grande, mais de 50 estudantes do curso de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) faziam silêncio para entender as práticas ritualísticas dos antigos paleoíndios na Furna do Tapuia explicadas pelo arqueólogo Djair fialho. O sol estava sumindo no horizonte e o lusco-fusco tornava ainda mais instigante as histórias de oferendas humanas, canibalismo, danças, ingestão de plantas alucinógenas e pinturas nas paredes dos rochedos. Era como se fosse possível remontar as rotinas desses homens pré-históricos a partir dos vestígios arqueológicos encontrados no local. A aula prática superou todas as expectativas dos alunos que retornaram impressionados. “A Paraíba é um celeiro de conhecimento de história e tem um potencial latente para o turismo pedagógico”, avalia a presidente da PBTur - Empresa Paraibana de Turismo, Ruth Avelino.

Francisco Cardoso de Oliveira, Seu Tico da Pedra da Boca, em Araruna; Alessandra Mariz, do Monumento Natural Vale dos Dinossauros, em Sousa; Mônica Lúcia Gomes, de Cacimba de Dentro e Djair Fialho, condutor de geoturismo, são algumas das pessoas que trabalham diretamente na recepção de turistas e garantem que o turismo pedagógico cresceu muito nesses dois últimos anos na Paraíba. “Mais de 60% dos visitantes do Vale dos Dinossauros são estudantes”, afirma Alesçandra Mariz, diretora do Museu. “Cada vez mais os estudantes estão saindo das salas se buscando uma vivência em campo e vejo isso pelos grupos que conduzo”, analisa Djair Fialho que tem conhecimento para expor informações mais profundas sobre os lugares históricos onde leva os estudantes.
“Vemos o Turismo como um setor da economia e destacamos seus segmentos: o turismo de negócios, o religioso, o de lazer, o de experiência e o pedagógico. E nosso planejamento é trabalhar na implementação desses segmentos. O turismo pedagógico está crescendo claramente, embora não tenhamos números oficializados, vemos isso na prática. De fato, um estado que tem uma Pedra do Ingá, um Lajedo de Pai Mateus, um Vale dos Dinossau ros e muito mais atrações históricas tem um potencial nato para a inserção de aulas práticas nos currículos escolares”, ressalta Ruth Avelino.

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