PIEMONTE FM

domingo, 9 de novembro de 2014

Com 3,5 mil vagas, empresas recrutam para o 1º emprego e deixam Sines lotados na PB

Gerente do Sine Paraíba em João Pessoa, Dayze Farias, explica que não há dificuldades em selecionar grandes quantidades de pessoas para os call centers do estado

Economia | Em 08/11/14 às 17h40, atualizado em 08/11/14 às 17h41 | Por Alisson Correia
Alisson Correia
Procura pelas vagas é alta no Sine Paraíba
A oportunidade do primeiro emprego não parece estar muito distante para os paraibanos. Pelo menos é o que prometem as empresas de call center que estão se expandido em João Pessoa e Campina Grande. Até o começo de 2015, ao menos 3.500 pessoas devem ser contratadas, segundo dados do Sine na Paraíba.

Leia também: Empresa anuncia expansão na PB e número de empregos gerados vai chegar a 11 mil

Entre as pessoas que já passaram pela experiência em telemarketing está Jonatas Ferreira de Araújo, morador do Centenário, em Campina Grande, com 19 anos. Estudante, ele diz que está tentando entrar no curso de Letras da Universidade Federal da Paraíba e trabalhou por nove meses em um call center na cidade para conseguir o dinheiro que precisava.

“Deixei o emprego porque meus pais conversaram comigo e decidiram me ajudar, mas durante os nove meses que passei tive ótimas experiências, fiz amizades e tive a chance do primeiro emprego já numa grande empresa”, exclama.

Jonatas lembra que teve bons chefes e os horários permitiam com que ele conciliasse estudos e outras atividades. “Fui selecionado por meio do Sine. Trabalhava seis horas por dia, com dois intervalos. Procurava bater as metas como manter o tempo médio exigido para atendimento, protocolar todas as ligações e evitar as 'rechamadas'”, explica ele mencionando o jargão que significa ligações feitas pelo mesmo cliente, não importando o motivo. Se o solicitante liga apenas uma vez no mesmo dia, por exemplo, significa que ele foi atendido como desejava. Caso ligue mais de uma vez, entende-se que ele pode estar tendo dificuldades no atendimento.

O estudante finaliza reforçando que só deixou o emprego depois de uma longa conversa com os pais, mas que depois que entrar na faculdade e enquanto não conseguir trabalho na área de atuação revela que vai tentar voltar a trabalhar em um call center. “Indico para qualquer um porque é uma boa oportunidade para quem não tem experiência, mas precisa trabalhar e estudar. Inclusive tenho amigos e uma irmã que estão trabalhando lá”.
Candidatos recebem orientações sobre vagas e a empresa
Foto: Candidatos recebem orientações sobre vagas e a empresa
Créditos: Alisson Correia
A gerente do Sine Paraíba em João Pessoa, Dayze Farias, explica que não há dificuldades em selecionar grandes quantidades de pessoas para os call centers do estado. Ela fala que há uma nova empresa se instalando na Capital e está recrutando 3,5 mil profissionais.

“Temos que fechar essas contratações até janeiro de 2015. Não há nenhuma dificuldade em selecionar, pelo contrário, a sede do Sine está sempre lotada, recebemos pilhas de currículos e vamos procedendo com a seleção conforme solicitado pela empresa”.

Dayse enfatiza que o principal atrativo dessas vagas é a chance do primeiro emprego, sem exigência de experiência, e que permite com que pessoas que tenham apenas o ensino médio possam ser inseridas no mercado de trabalho.

“Hoje o mercado é muito competitivo e faz muitas exigências. Nesse caso das empresas de telemarketing, basta apenas ter o ensino médio e isso faz com que essas pessoas ganhem um salário que as ajudem a manter os estudos e dar continuidade à carreira da forma como preferir”, finaliza a gerente.
Dayse explica que vagas são atrativas para quem precisa do primeiro emprego e quer manter estudos
Foto: Dayse explica que vagas são atrativas para quem precisa do primeiro empregoCréditos: Alisson Correia
Recentemente os Sines da Paraíba, de João Pessoa e Campina Grande estavam selecionando cerca de 3 mil pessoas para oportunidades de trabalho. Para a área de telemarketing, nos call centers das duas maiores cidades do estado, foram abertas quase 2 mil chances.

Recentemente, a AeC, uma das empresas do ramo instaladas na Paraíba, anunciou um novo plano de expansão, o que vai fazer dela a segunda maior empregadora do estado, com cerca de 11 mil postos de trabalho gerados até 2015.

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