Estudantes vão protestar hoje, novamente, no Centro de João Pessoa, pela redução do preço da passagem de ônibus, que subiu no mês passado de R$ 2,20 para R$ 2,35. Uma reunião do Conselho de Mobilidade Urbana estava marcada para a última quinta-feira, mas não ocorreu porque a maioria das entidades que representam setores populares da sociedade não compareceu.
Foi o que informaram, ontem, o presidente da Apes (Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas), Althamir Araújo, e a presidente do Conselho Estadual da Juventude, Marília França. Ambos destacaram que estão realizando contatos com a direção da
Superintendência Executiva da Mobilidade Urbana (Semob), para remarcar a reunião.
“Vamos procurar a Semob para remarcar a reunião, porque os dirigentes da maioria das entidades estavam com compromissos fora de João Pessoa, no mesmo dia. E vamos procurar remarcar por entender que a sua realização é importante para podermos conhecer a fundo os itens que, segundo os empresários, justificariam o reajuste e poder questioná-los”, explicou Marília França.
Serviço
Já o presidente da Apes, disse que “o transporte deveria ser um serviço público como saúde e educação, sem as pessoas terem de pagar, já que pagam muitos impostos. Além do mais, as empresas têm grandes lucros com o sistema, que é de qualidade ruim, e trafega cada vez mais superlotado. Os lucros são tantos que as empresas gastam muito dinheiro em áreas que não lhes são essenciais para funcionar. Portanto, os protestos continuarão”.
As entidades que compõem a parte dos estudantes e populares que participam dos debates com a Semob e que coordenam os protestos, são: Levante Popular, Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas, Conselho Estadual da Juventude e PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados).
Sobre o Conselho Municipal da Mobilidade Urbana, cuja composição e objetivos também estão em discussão, Athamir disse que é preciso a definição de uma data para a realização de uma reunião para definir as mudanças que serão feitas.
Ele destacou que “uma das mudanças que julgamos fundamental, é no sentido de que as decisões do Conselho de Mobilidade sejam deliberativas, de forma que o prefeito venha a segui-las”.
Correio da Paraíba
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