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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Colapso no abastecimento de água atinge cidades do Brejo e Curimataú da Paraíba

Deusdete frisou que se não houver recarga e o acumulado ficar em 100 milhões de metros cúbicos, o "racionamento preventivo" na região de Campina Grande seria obrigatório
Cidades | Em 21/08/14 às 00h02, atualizado em 21/08/14 às 00h18 | Por Hermes de Luna
Reprodução/RCTV
Deusdete Queiroga foi entrevistado na RCTV
O presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga Filho, garantiu, na noite desta quarta-feira (20), que os mananciais que garantem o abastecimento de água na região da Grande João Pessoa não enfrentam qualquer problema. Contudo, ele alertou para a situação de municípios do Brejo paraibano, como Esperança e Remígio, e na região do Curimataú, como Cacimba de Dentro e Belém. Segundo ele, já há um colapso no abastecimento d'água nesses municípios. O presidente da Cagepa foi entrevistado no programa '27 Segundos' da RCTV, canal 27 da Net digital.

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Ele também confirmou que a situação do açude de Boqueirão é preocupante. O manancial que abastece municípios do Piemonte da Borborema. São cerca de 500 mil pessoas que dependem da água que sai desse manancial. Atualmente, o açude tem cerca de 121 milhões de metros cúbicos de água, dos 428 milhões do seu armazenamento total. 

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Deusdete frisou que se não houver recarga e o acumulado ficar em 100 milhões de metros cúbicos, o "racionamento preventivo" na região de Campina Grande seria obrigatório. O prazo para normalizar essa situação é em dezembro deste ano. De acordo com o diretor da Cagepa, há um consumo médio de 5 milhões de metros cúbicos por mês. E essa reposição que tem que ser feita, com a recarga a partir das chuvas registradas principalmente no Cariri.

O presidente da Cagepa disse que em horários de picos de consumo em João Pessoa são registrados problemas na distribuição, o que leva a suspensão do consumo sem aviso prévio. Essa seria uma constante em bairros da Capital, como Cristo, Jaguaribe, Bairro dos Estados e Torre.

A ideia, afirma Deusdete Queiroga, é construir subadutoras nesses bairros. "A adutora que existe em Jaguaribe, por exemplo, foi construída no governo João Agripino, há mais de 40 anos. Nas últimas décadas não houve investimentos na Cagepa e estamos pagando carro por isso˜ ", disse o presidente da empresa estadual de água e esgoto da Paraíba.

Deusdete confirmou que já um colapso total no abastecimento de cidades como Esperança, Remígio, Cacimba de Dentro, Doa Inês e Belém. Ele garante que a construção de adutoras solucionaria essa falta de água. Afirma que o Governo do Estado está construindo essas obras e algumas estão próximas da conclusão.

A Cagepa também reconhece um colapso total no abastecimento de água nos municípios de São João do Rio do Peixe e Jurú, no Alato Sertão paraibano.

Na cidade de Juru, distante 398 km da capital paraibana, o açude que abastecia a cidade secou por conta da estiagem. O sistema de captação de água é feito de forma improvisada, com ajuda de agricultores, que fornecem eletricidade e um motor bomba para o sistema de captação.

Já na cidade de São João do Rio do Peixe, localizado na microrregião de Cajazeiras, a população com mais de 17 mil pessoas dependiam de um poço artesiano cavado ao lado da Estação de Tratamento de Água da cidade.

Nas cidades de Boa Ventura, situada na microrregião de Itaporanga, e Triunfo, na microregião de Cajazeiras, o abastecimento foi solucionado. As duas também enfrentavam colapso no abastecimento.

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