Dizer que são duas chuvas distintas implica a existênciade duas fontes diferentes de poeira cósmica que adentram a atmosfera da Terra, produzindo as famosas “estrelas cadentes”.
AMANHÃ É OUTRO DIA
Isso, contudo, vai mudar no futuro distante. As alfa-capricornidas são resultado do esfarelamento parcial do cometa 169P/NEAT, que aconteceu uns 5.000 anos atrás. Naquela ocasião quase metade do núcleo desse objeto se desfez. Como todos os cometas, ele é basicamente uma bola de gelo sujo. Ao se aproximar do Sol, o gelo evapora, e o bólido vai deixando partículas de poeira ao longo de sua órbita. São essas pequenas partículas desgarradas que adentram a atmosfera conforme a Terra cruza a órbita do bólido celeste, em seu trajeto anual em torno do Sol.
Isso, contudo, vai mudar no futuro distante. As alfa-capricornidas são resultado do esfarelamento parcial do cometa 169P/NEAT, que aconteceu uns 5.000 anos atrás. Naquela ocasião quase metade do núcleo desse objeto se desfez. Como todos os cometas, ele é basicamente uma bola de gelo sujo. Ao se aproximar do Sol, o gelo evapora, e o bólido vai deixando partículas de poeira ao longo de sua órbita. São essas pequenas partículas desgarradas que adentram a atmosfera conforme a Terra cruza a órbita do bólido celeste, em seu trajeto anual em torno do Sol.
Ocorre que no momento apenas uma parte pouco densa da nuvem de partículas do 169P/NEAT se oferece ao caminho percorrido pela Terra. Nos próximos séculos, ela continuará a se deslocar lentamente, de forma que, entre 2220 e 2420, o planeta deve se encontrar com a região mais densa da nuvem. Então a alfa-capricornida será a mais prolífica chuva de meteoros anual, com mais de 400 meteoros por ora. É mais do que qualquer chuva que tenhamos hoje.
Por ora, no entanto, ela é bem modesta, de forma que só se pode esperar uma taxa máxima de 5 meteoros por hora. Esse número só não é desprezível porque as estrelas cadentes alfa-capricornidas tendem a ser brilhantes e lentas, o que facilita sua observação.
COMO OBSERVAR
“Para ver uma chuva de meteoros, você só precisa dos seus olhos, uma cadeira de praia e motivação”, explica Gabriel Hickel, astrônomo da Universidade Federal de Itajubá (MG). “Não há região específica do céu a olhar. O ideal é procurar um lugar escuro, longe da poluição luminosa das grandes cidades, com o horizonte livre e deitar-se emuma cadeira de praia, de modo a ver o máximo de céu possível.”
O astrônomo já avisa: não espere um show pirotécnico. “Observe por pelo menos uma hora para ver um número razoável de meteoros. Essas chuvas são melhor visualizadas entre as 2h e as 4h da madrugada.”
Uma vantagem importante é que a Lua está num crescente muito discreto e não atrapalha as observações. Em duas semanas teremos outra chuva de meteoros, as famosas perseidas, mas aí com a concorrência da Lua cheia, o que pode prejudicar a observação.
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário