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sábado, 28 de junho de 2014

Neymar x Sánchez: resenha vira jogo sério e vale a permanência na Copa

Brasil e Chile decidem uma vaga nas quartas de final da Copa do Mundo neste sábado, no Mineirão, em Belo Horizonte. Mas esse jogo começou faz tempo. Foi no vestiário do Barcelona que Neymar e Alexis Sánchez imaginaram um confronto entre seus países no Mundial e fizeram brincadeiras sobre a possibilidade. A resenha virou assunto sério e só um vai continuar no Mundial.
Ídolos de suas respectivas seleções e do Barça, eles são amigos. Protagonistas do futebol de seus países e companheiros de ataque na Espanha, Neymar e Sánchez duelam a partir das 13h (de Brasília). Mais badalado, o brasileiro já marcou quatro gols no Mundial e lidera a artilharia ao lado de outro companheiro de Barça, Lionel Messi, e do alemão Thomas Muller. O chileno, por sua vez, marcou apenas uma vez, na estreia.
Nesta Copa, ambos disputaram as três partidas da primeira fase. Alexis ficou mais tempo em campo: 270 minutos contra 249 de Neymar. O chileno também foi melhor nas assistências. Deu um passe para gol contra nenhum do brasileiro. Mas, além de ser superior em número de gols, Neymar também chutou mais (11 contra 5), completou mais passes (88 a 85) e desarmou mais (3 contra 1). O chileno percorreu uma distância maior que o camisa 10 do Brasil: 28,1 quilômetros contra 27,3 de Neymar. Na velocidade máxima alcançada em campo e nas bolas recuperadas, foram rigorosamente iguais: 31,1 km/h e nove recuperações.
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Na última temporada europeia, o chileno teve números ligeiramente melhores do que o amigo brasileiro. Ao lado de Messi, Neymar e Sánchez formam o ataque titular do Barcelona. O rival deste sábado, por vezes, cede o lugar a Pedro, mas até o ex-santista já esquentou o banco na Catalunha. Os números na última temporada – a primeira de Neymar na Espanha – são parecidos. Sánchez, porém, leva pequena vantagem. Em 54 jogos, balançou as redes em 21 oportunidades: média de 0,38 por partida. O camisa 10 da Seleção, por sua vez, marcou 17 gols nas 45 vezes que entrou em campo: 0,37 por partida.
Neymar, entretanto, é bem mais cobrado do que Sánchez em Barcelona. Contratação mais cara da história do clube – os números nunca foram detalhados, mas giram entorno de € 100 milhões (R$ 300 milhões) -, o craque, apesar de grandes atuações, ainda não atendeu às expectativas dos catalães em relação a seu futebol.
Publicamente, os dois já trocaram elogios. Antes do amistoso contra o Chile, em novembro passado, em Toronto, no Canadá (vitória do Brasil por 2 a 1), Neymar elogiou o colega, dentro e fora de campo.
- Ele é muito habilidoso e rápido. No Barcelona, além do Daniel Alves e do Adriano, é um dos que eu mais converso. Ele é diferente – disse o brasileiro.
Na última quinta-feira, dois dias antes do duelo no Mineirão, foi a vez de o chileno retribuir os elogios ao amigo.
- Eu me dou muito bem com o Ney. Ele é uma pessoa muito alegre. Como jogador, todos sabem que é grande – afirmou.
Elogios à parte, o jogo deste sábado vale muito, e a amizade, pelo menos por 90 minutos, ficará de lado. Se Sánchez leva uma ligeira vantagem nas estatísticas em relação à primeira temporada do brasileiro no Barcelona, Neymar tem números muito melhores do que o chileno quando o assunto é seleção. Com a camisa do Brasil, ele marcou 35 gols em 52 jogos, o que dá uma média de 0,67 por partida. Com a “Roja”, porém, Sánchez é mais tímido. Foram 20 gols em 60 partidas: média de 0,33.
Amigo da dupla e companheiro de clube, o lateral-esquerdo Adriano acompanhará o duelo na Espanha. De longe, espera um grande jogo e vê Neymar e Alexis em grande fase.
- A galera já falava sobre essa possibilidade no vestiário (do Barça), brincadeiras um com o outro, com o Song também, que é de Camarões. Já se sabia que Espanha e Chile poderiam jogar contra o Brasil. Como a Espanha não chegou, será um confronto muito bonito. O Neymar e o Alexis são os destaques das seleções, chegam muito bem, 100% fisicamente, apesar da temporada dura. De fora, vejo que as duas peças são fundamenteis para as suas seleções. Eu acho que os dois têm o mesmo peso, a mesma importância dentro das equipes. Apesar de o Ney não ter jogado no fim da temporada, se recuperou totalmente. Recuperou a confiança, ainda mais numa Copa do Mundo no Brasil. O Alexis está dando sequência ao trabalho que estava fazendo dentro do Barcelona. É um jogador que é referência na sua seleção. Vai ser um grande duelo nesse Brasil e Chile.
Apesar do carinho com o companheiro chileno, a torcida será toda pela Seleção.
- Sou brasileiro, né? Vestimos a mesma camiseta, mas sou brasileiro, não tem nem como. Brasil, com todo respeito ao Chile, é favorito. Acho que o time está crescendo. Primeiro jogo foi estreia, segundo jogo mais truncado, e no terceiro jogo o time já estava mais solto, mais confiante. Sem dúvida é um dos favoritos a chegar na final – comentou Adriano.
Antes do último duelo entre os dois, em novembro passado, Neymar e Sánchez apostaram um jantar. A Seleção venceu o Chile por 2 a 1, e o brasileiro levou a melhor. O curioso é que os dois retornaram do Canadá para Barcelona no mesmo voo fretado após a partida. Resta saber quem pagará a próxima refeição.
Se a entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho virou certeza depois do treino da última quinta-feira, em Teresópolis, a escalação de David Luiz passou a ser dúvida na sexta. Com uma contratura na região dorsal, o zagueiro fez exames que não apontaram lesão, mas disse que não sabe se terá condições de jogo. Caso ele seja vetado, Dante assume a vaga. De resto, a equipe deve ser a mesma que venceu Camarões, apesar de Felipão ter testado Maicon no lugar de Daniel Alves em parte do último coletivo.
- Vamos pressionar e defender. Só isso. Vamos montar a nossa equipe de acordo com o nosso padrão de jogo. Independentemente de uma situação que o Chile possa oferecer. Vamos basear o pensamento no que queremos. Se vai dar certo ou errado, nós vamos conversar dentro do jogo para saber como vamos nos portar em determinadas situações – declarou Felipão na coletiva desta sexta-feira, no Mineirão.
No Chile, o técnico Jorge Sampaoli também pode ter um problema na zaga. Medel, com dores na coxa esquerda, ainda está sendo observado pela comissão técnica e é dúvida para a partida. Se não puder atuar, será substituído por Rojas ou Albornoz. Por outro lado, o meia Vidal, poupado na derrota para a Holanda, está confirmado.
- A exigência do jogo merece um cuidado especial, trabalhamos muitas situações que têm a ver com as características dos rivais. Jogamos contra potências – Espanha, Holanda e agora Brasil, em casa. É um jogo complicado, e teremos de fazer um jogo muito bom para superá-los – disse Sampaoli na véspera da partida.
Com Neymar de um lado e Alexis Sánchez do outro, Brasil e Chile decidem uma vaga nas quartas de final no sábado, às 13h, no Mineirão. O GloboEsporte.com, a TV Globo e o SporTV transmitem o jogo. O site acompanha em Tempo Real.
Do Globoesporte.com

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