por Juka Martins
Na última temporada europeia, o chileno teve números ligeiramente melhores do que o amigo brasileiro. Ao lado de Messi, Neymar e Sánchez formam o ataque titular do Barcelona. O rival deste sábado, por vezes, cede o lugar a Pedro, mas até o ex-santista já esquentou o banco na Catalunha. Os números na última temporada – a primeira de Neymar na Espanha – são parecidos. Sánchez, porém, leva pequena vantagem. Em 54 jogos, balançou as redes em 21 oportunidades: média de 0,38 por partida. O camisa 10 da Seleção, por sua vez, marcou 17 gols nas 45 vezes que entrou em campo: 0,37 por partida.
Publicamente, os dois já trocaram elogios. Antes do amistoso contra o Chile, em novembro passado, em Toronto, no Canadá (vitória do Brasil por 2 a 1), Neymar elogiou o colega, dentro e fora de campo.
- Ele é muito habilidoso e rápido. No Barcelona, além do Daniel Alves e do Adriano, é um dos que eu mais converso. Ele é diferente – disse o brasileiro.
Na última quinta-feira, dois dias antes do duelo no Mineirão, foi a vez de o chileno retribuir os elogios ao amigo.
- Eu me dou muito bem com o Ney. Ele é uma pessoa muito alegre. Como jogador, todos sabem que é grande – afirmou.
Elogios à parte, o jogo deste sábado vale muito, e a amizade, pelo menos por 90 minutos, ficará de lado. Se Sánchez leva uma ligeira vantagem nas estatísticas em relação à primeira temporada do brasileiro no Barcelona, Neymar tem números muito melhores do que o chileno quando o assunto é seleção. Com a camisa do Brasil, ele marcou 35 gols em 52 jogos, o que dá uma média de 0,67 por partida. Com a “Roja”, porém, Sánchez é mais tímido. Foram 20 gols em 60 partidas: média de 0,33.
Amigo da dupla e companheiro de clube, o lateral-esquerdo Adriano acompanhará o duelo na Espanha. De longe, espera um grande jogo e vê Neymar e Alexis em grande fase.
- A galera já falava sobre essa possibilidade no vestiário (do Barça), brincadeiras um com o outro, com o Song também, que é de Camarões. Já se sabia que Espanha e Chile poderiam jogar contra o Brasil. Como a Espanha não chegou, será um confronto muito bonito. O Neymar e o Alexis são os destaques das seleções, chegam muito bem, 100% fisicamente, apesar da temporada dura. De fora, vejo que as duas peças são fundamenteis para as suas seleções. Eu acho que os dois têm o mesmo peso, a mesma importância dentro das equipes. Apesar de o Ney não ter jogado no fim da temporada, se recuperou totalmente. Recuperou a confiança, ainda mais numa Copa do Mundo no Brasil. O Alexis está dando sequência ao trabalho que estava fazendo dentro do Barcelona. É um jogador que é referência na sua seleção. Vai ser um grande duelo nesse Brasil e Chile.
Apesar do carinho com o companheiro chileno, a torcida será toda pela Seleção.
- Sou brasileiro, né? Vestimos a mesma camiseta, mas sou brasileiro, não tem nem como. Brasil, com todo respeito ao Chile, é favorito. Acho que o time está crescendo. Primeiro jogo foi estreia, segundo jogo mais truncado, e no terceiro jogo o time já estava mais solto, mais confiante. Sem dúvida é um dos favoritos a chegar na final – comentou Adriano.
Antes do último duelo entre os dois, em novembro passado, Neymar e Sánchez apostaram um jantar. A Seleção venceu o Chile por 2 a 1, e o brasileiro levou a melhor. O curioso é que os dois retornaram do Canadá para Barcelona no mesmo voo fretado após a partida. Resta saber quem pagará a próxima refeição.
Se a entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho virou certeza depois do treino da última quinta-feira, em Teresópolis, a escalação de David Luiz passou a ser dúvida na sexta. Com uma contratura na região dorsal, o zagueiro fez exames que não apontaram lesão, mas disse que não sabe se terá condições de jogo. Caso ele seja vetado, Dante assume a vaga. De resto, a equipe deve ser a mesma que venceu Camarões, apesar de Felipão ter testado Maicon no lugar de Daniel Alves em parte do último coletivo.
- Vamos pressionar e defender. Só isso. Vamos montar a nossa equipe de acordo com o nosso padrão de jogo. Independentemente de uma situação que o Chile possa oferecer. Vamos basear o pensamento no que queremos. Se vai dar certo ou errado, nós vamos conversar dentro do jogo para saber como vamos nos portar em determinadas situações – declarou Felipão na coletiva desta sexta-feira, no Mineirão.
No Chile, o técnico Jorge Sampaoli também pode ter um problema na zaga. Medel, com dores na coxa esquerda, ainda está sendo observado pela comissão técnica e é dúvida para a partida. Se não puder atuar, será substituído por Rojas ou Albornoz. Por outro lado, o meia Vidal, poupado na derrota para a Holanda, está confirmado.
- A exigência do jogo merece um cuidado especial, trabalhamos muitas situações que têm a ver com as características dos rivais. Jogamos contra potências – Espanha, Holanda e agora Brasil, em casa. É um jogo complicado, e teremos de fazer um jogo muito bom para superá-los – disse Sampaoli na véspera da partida.
Com Neymar de um lado e Alexis Sánchez do outro, Brasil e Chile decidem uma vaga nas quartas de final no sábado, às 13h, no Mineirão. O GloboEsporte.com, a TV Globo e o SporTV transmitem o jogo. O site acompanha em Tempo Real.
Do Globoesporte.com
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