PIEMONTE FM

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Único sobrevivente de ataque a prédio, bebê ganha família na Síria

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Fotógrafo brasileiro em Aleppo registra a história de menina de 6 meses.
Achada nos escombros de edifício bombardeado, ela foi adotada por casal.

Do G1, em São Paulo
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A síria Mariam com a menina Mais, de seis meses; após sobreviver a um bombardeio que matou todos os moradores de um prédio, o bebê de seis meses ganhou um novo lar (Foto: Gabriel Chaim)A síria Mariam com a menina Mais, de 6 meses; após sobreviver a um bombardeio que matou todos os moradores de um prédio, o bebê ganhou um novo lar (Foto: Gabriel Chaim)
Um bebê de 6 meses 'renasceu' em meio à guerra na Síria, que já registra 110 mil mortes. Em um dos muitos bombardeios que atingiram a cidade de Aleppo nos últimos dois anos e meio, um prédio de quatro andares desabou, atingido por um míssil. Parecia que todos os 50 moradores que estavam no local haviam morrido.
Mas, enquanto procurava corpos nos escombros, um grupo de resgate encontrou um bebê. Com apenas 6 meses de idade, ele era o único que havia sobrevivido ao míssil lançado contra o prédio.
A história foi relatada ao G1 pelo fotógrafo brasileiro Gabriel Chaim, que está em Aleppo acompanhando a guerra. Ele está alojado em uma ONG situada na parte da cidade controlada pelos opositores de Bashar al-Assad.
 Chaim também gravou um vídeo no pequeno quarto onde mora a família (veja ao lado).
A procura por um lar
Cheia de feridas, hematomas e com manchas azuladas na pele que os moradores descrevem como decorrentes de fragmentos de bomba, a pequena Mais, como foi batizada, ficou 15 dias na UTI.
A síria Mariam com a menina Mais, de seis meses; após sobreviver a um bombardeio que matou todos os moradores de um prédio, o bebê de seis meses ganhou um novo lar (Foto: Gabriel Chaim)A menina ficou 15 dias internada para se recuperar
dos ferimentos, mas hoje passa bem
(Foto: Gabriel Chaim)
Quando saiu do hospital, os moradores começaram a procurar uma família que aceitasse cuidar dela. Ninguém sabia quem eram os pais, que provavelmente morreram no bombardeio.
Passando dificuldades desde que a escassez de empregos e a inflação dos preços de produtos se instalaram na cidade junto com a guerra, muitos casais não aceitaram ficar com a órfã.
Até que eles chegaram a Omar, de 38 anos, e a sua mulher Mariam, de 26 anos. Eles não quiseram revelar o sobrenome, e o pai não aceitou ser fotografado – mas a nova mãe posou para as imagens com a filha. Apesar de viverem em uma situação precária, os dois não podem ter filhos, e por isso aceitaram cuidar de Mais.

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